terça-feira, 24 de junho de 2014

Os Sistemas de Processamento de Transações

Importância dos SPTs:
Um Sistema de Processamento de Transações têm como principal finalidade apoiar as decisões gerenciais no escopo de um determinado tipo de operação dentro de uma organização, e oferecer um panorama da situação presente de um setor ou departamento.


É importante ressaltar que um SPT deve ter um escopo muito bem definido, e ser especializado, de modo que ele tenha acesso às informações de todas as transações que interessam a ele, e seja uma fonte confiável de informação sobre determinado tipo de operação dentro de uma organização.


Além disso, para ser útil no nível gerencial, um SPT necessita de algumas funcionalidades, como, por exemplo, a de gerar relatórios, planilhas, e outras formas de visualização e consolidação destes dados coletados, de modo a, de fato, suportar a tomada de decisões.


Mas, o que é um Sistema de Processamento de Transações?
Um Sistema de Processamento de Transações é um sistema que coleta e armazena dados a respeito das diversas transações realizadas no âmbito de uma organização ou parte dela. Um exemplo destas transações poderia ser creditar o vencimento de um funcionário, encomendar um pedido de um produto, ou mesmo um simples saque de dinheiro em um caixa eletrônico.


Esse tipo de Sistema, em última análise, recebe e processa os dados de processamento de outros sistemas, como por exemplo os sistemas de vendas, de folha de pagamento, de controle de estoque, entre outros, centralizando os registros e oferecendo uma visão mais ampla dos mesmos.


Um SPT eficiente deve estar apto a realizar as transações rapidamente, pois o tempo de resposta nesse tipo de atividade é, geralmente, um fator crítico. Além disso, ele deve possuir uma grande capacidade de armazenamento, e deve ser bastante especializado, devido à iteratividade de seu processamento.


Categorizando os SPTs
De acordo com o tipo de transação que ele monitora, e do âmbito em que trabalha, eles podem ser divididos de diversas formas, porém não há uma classificação bem definida, mesmo porquê eles se prestam a um sem-fim de aplicações nas organizações. Porém, alguns exemplos de tipos de SPTs seriam:
- Gestão Financeira
   Monitora as transações financeiras e o fluxo de caixa dentro de uma organização. Exemplos: GnuCash (Software Livre); Cenize (Proprietário).
- Controle de Estoque
   Condensa os dados de entrada e saída de estoque, monitorando o consumo e a entrada de bens dentro de uma organização. Estes geralmente se auto-denominam como ERPs. Exemplos: OpenPro (Open Source); RadarEstoque (Proprietário).

terça-feira, 10 de junho de 2014

Classificação dos Sistemas de Informação

Quando se fala em qualquer tipo de classificação, é necessário, além de um amplo conhecimento do assunto que abrange os objetos a serem classificados, uma boa dose de bom senso, pois o que define cada categoria tem de ser ajustado para que não haja taxonomias restritivas demais ou excessivamente abrangentes. Do contrário, haverão grupos demais ou de menos. Dito isso, podemos seguir para os Sistemas de Informações propriamente ditos.

De modo geral, toda tentativa de classificação dos diversos tipos de Sistemas de Informação acabam recaindo em uma distinção hierárquica com relação à esfera de interesse do tipo de dado processado naquele tipo de Sistema. Desta forma, eles classificam um SI de acordo com o 'público alvo' do mesmo, separando os sistemas voltados para a administração, para as vendas, para os escritórios, etc.

Assim, podemos separar três níveis fundamentais de toda organização, em relação às capacidades de tomada de decisão e operacionalidade:
. Nível Executivo ou Estratégico - Toma as decisões amplas, como em que investir, planejamentos de longo prazo, etc. Encarregados das Decisões Estratégicas.
. Nível Gerencial - Decisões de menor área de abrangência, como quem contratar, como organizar as seções, etc. Encarregados das Decisões Táticas.
. Nível Operacional - Poucas tomadas de decisão, são a camada que produz, vende, conserta, presta serviços, etc. Encarregados das Decisões Operacionais.

Diversas fontes tentam modelar essa classificação em forma de pirâmide, mas considero essa escolha enganosa no que tange à importância dos sistemas e das informações processadas. Ele reflete talvez o volume de informação final produzido em cada nível, e a quantidade de pessoas que têm acesso a determinados dados, mas gera uma ilusão quanto à relevância de cada Sistema.

Quanto maior o nível 'hierárquico' numa empresa, mais é necessário filtrar os dados e interpretá-los, pois os detalhes já não são interessantes, mas sim suas consequências finais, de modo que os sistemas dos níveis executivos tentam condensar os dados operacionais e gerenciais na forma de gráficos, resumos, e outras formas mais simples, de modo a não sobrecarregar os executivos com dados irrelevantes para eles.

Desta forma podemos classificar alguns tipos de sistemas de processamento nessa taxonomia da seguinte forma:

Nível Operacional:
- Sistemas de Processamento de Transações (TPS);
- Sistemas de Colaborativos;

Nível Gerencial:
- Sistemas de Informação Gerencial (MIS);
- Sistemas de Apoio à Decisão (DSS);

Nível Executivo:
- Sistema de Informação Executiva (EIS);
- Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) Esse é um caso especial, que poderia estar em diversos níveis, por integrar uma série de recursos distintos;

Como toda classificação, podem haver muitas nuances, que levam algum tipo de Sistema a estar, ora em uma, ora em outra categoria, porém não há muita divergência sobre o fato que um dos fatores determinantes na modelagem e implementação de determinado Sistema de Informação é o nível de tomada de decisão que ele vai apoiar.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sistemas de Informação na era das Redes

Rede

Uma rede, em informática, é uma estrutura de telecomunicações através da qual dois sistemas computacionais podem trocar dados. Para isso, existem uma série de padrões de infraestrutura e plataformas que permitem essa comunicação de forma mais transparente e eficiente. As redes evoluíram muito nos últimos anos, mas não estamos aqui pra falar sobre isso. Nosso tema hoje são algumas definições voltadas para o ambiente organizacional.

Intranet

Uma Intranet é uma rede ou conjunto de redes subjugadas à uma mesma entidade administrativa. Em outras palavras, é quando um conjunto de redes ou uma rede simples são interconectadas e regidas pelas mesmas regras, e possuem roteadores e endereçamento IP interrelacionados. São geralmente usadas no âmbito de organizações, empresas, e órgãos governamentais, permitindo fácil acesso a recursos compartilhados com segurança e rapidez.

Não é impositivo que haja um servidor web numa Intranet, mas é uma prática comum, pois permite algumas facilidades, principalmente na comunicação com os usuários. Outros recursos, como servidores de arquivos, bancos de dados organizacionais, e outros, são exemplos de recursos que podem ser disponibilizados através de uma intranet, e muitos outros podem ser implementados, de acordo com os recursos e as necessidades da organização.

Uma rede local doméstica também pode ser chamada de Intranet, desde que seja controlada por um roteador, mas o termo é mais utilizado para definir a versão 'crescida' das redes. É importante ressaltar, também, que não é necessário uma conexão física cabeada, para caracterizar uma intranet. Um link de wi-fi pode interligar os elementos da rede, desde que satisfaça às outras características que a definem.

Internet

A Internet, como a conhecemos hoje, é uma gigantesca estrutura de telecomunicações que interliga milhões de dispositivos, abrangendo redes domésticas, redes empresariais, governamentais, acadêmicas, entre outras, conectados por infraestruturas eletrônicas, sem-fio, e ópticas, e qualquer outra que se adapte ao padrão IP, que é o protocolo de endereçamento que permite que todos eles se comuniquem e que a informação chegue exatamente aonde ela está endereçada.

O Internet Protocol é um protocolo, como o nome diz, que regulamenta como nos referimos à redes, sub-redes, máquinas, e como contactamos gateways, roteadores, e outros equipamentos que compõem essa rede. Hoje difundido no mundo todo, é até difícil pensar na Internet sem endereços IP, por mais que eles não nos sejam transparentes, sendo geralmente convertidos em endereços mais 'legíveis' para os usuários, através dos Servidores de Nome de Domínio, ou DNS, que fazem a 'tradução' dessa referenciação para os endereços IP, permitindo que acessemos as páginas e computadores sem termos que decorar longas sequências de números.

Muitos outros Protocolos de troca de dados, de mensagens, transmissão de arquivos, e muitos outros, foram implementados sobre o IP, de modo que funcionassem juntos, permitindo diversos tipos de serviços através da internet, como trocas de arquivos, telecomunicações por chat, áudio e vídeo, e até mesmo abrir páginas como essa que ora lemos num computador.

Aplicações Móveis

Uma 'aplicação móvel' não é absolutamente nada além do que seu nome faz parecer: uma Aplicação que é executada num dispositivo Móvel. Geralmente, essas aplicações são disponibilizadas através de plataformas de distribuição, geralmente relacionadas ao fabricante do aparelho ou de seu sistema operacional, e podem ser baixadas gratuitamente ou mediante taxas pagas pelo usuário para carregá-la em suas máquinas.

Inicialmente mais voltadas para produtividade, hoje em dia as Aplicações Móveis abarcam desde games à navegadores e terminais de acesso remoto. No início, o mercado era voltado para os executivos e empresários, que conseguiam adquirir aparelhos móveis com grande poder computacional, e se desenvolviam principalmente suites de escritório, agenda, e-mail, etc. Porém, com a recente popularização e barateamento das tecnologias portáteis, hoje um dos principais públicos alvo são os jovens, e o mercado de desenvolvimento se adaptou a isso. Porém, no âmbito de nosso curso, vamos continuar trabalhando com software voltado para produção, e para o ambiente organizacional.

Algumas peculiaridades do desenvolvimento das aplicações móveis são o tamanho da tela e as interfaces. A grande variedade de tamanhos e resoluções de tela faz com que surjam uma série de preocupações, e torna os testes muito extensos e trabalhosos, devendo-se utilizar emuladores para testar diversas condições de execução. Os mesmos cuidados se aplicam aos métodos de entrada, que variam muito, como teclados físicos, virtuais, giroscópios, câmeras, etc. Com isso, a interatividade tem que ser pensada de modo a aproveitar os recursos do equipamento, porém, se possível, sem torná-lo inviável para outras plataformas.

Com o advento das redes móveis sem fio, principalemente a Wi-Fi e as tecnologias de alta velocidade via telefonia (3G e 4G), as Aplicações Móveis são cada vez mais voltadas também para conectividade, com clientes de mensagem, redes sociais, e mesmo sistemas de gerenciamento e de acesso à bancos de dados remotos. Isso permite que um funcionário, de qualquer lugar, possa atualizar os bancos de dados da empresa ou entrar em contato com um cliente ou fornecedor rapidamente.

 
Telecomunicações, Redes, Sistemas de Informação
Depois de falar tanto sobre redes de vários tipos, vamos voltar ao nosso assunto do Blog: Sistemas de Informação. Quando uma empresa utiliza uma rede sem fio para disponibilizar seu software de controle de estoque através de palmtops para seus funcionários do setor, ela está integrando seus Sistemas de Informação através de redes, por exemplo. Quando o administrador do banco de dados utiliza uma conexão remota via VPN para corrigir uma inconsistência no banco de dados ou para realizar um backup, também.

Existem inúmeras formas de se utilizar um Sistema de Informação através das redes, e as duas juntas dão às empresas uma grande capacidade de disponibilidade e atualização dos Sistemas em tempo real, tornando os muito mais oportunos, e, consequentemente, eficientes. Mas, como tudo na vida, isso não vem sem alguns 'custos'.

Os principais são a consistência e a segurança. Como ele é acessado o tempo todo por muitos usuários, a coordenação de quem acessa o que, e quem tem privilégios para acessar ou modificar que dados, se tornam pontos críticos na hora de optar por essa integração e de desenvolver e utilizar tais plataformas. Cada organização precisa estudar a viabilidade, o custo, os benefícios e os riscos inerentes à mudança antes de optar por uma migração. Não há Sistemas de Informação ou Sistemas Computacionais bons ou ruins, há o uso que fazemos deles.