quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O Marco Civil da Internet

O Marco Civil, também conhecido pelo nome oficial de Lei n° 12.965, de 23 de Abril de 2014, é um dispositivo legal que "estabelece os princípios garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil." Seu principal objetivo é preencher a lacuna no ordenamento jurídico brasileiro no que tange à aspectos como a privacidade, a responsabilidade, entre outras determinações, no âmbito da internet, que possui características bem peculiares, se comparadas aos meios de comunicação utilizados quando da formulação do nosso sistema legal.

Uma das principais preocupações desta lei é resguardar o direito de privacidade, questão trazida à tona por ocasião dos escândalos de espionagem deflagrados nos últimos anos. Nossa Constituição é bem clara, em seu artigo 5º, inciso XII, em que garante o direito ao sigilo da correspondência e das comunicações de dados, telefônicas e telegráficas, mas a internet ainda era uma 'zona cinza', onde a legislação não era aplicada.

Com o advento do Marco, os e-mails e outras comunicações feitas pela internet passam a ser tratadas como correspondência, sendo sua violação passível de sanção penal. A nova lei vem proteger-nos da espionagem internacional, quando inclui parágrafos específicos sobre entidades estrangeiras, que tornam-se sujeitas à lei, desde que um terminal localizado em solo pátrio seja alvo da concessão do serviço, ou tenha filial aqui instituída.

A lei veio definir também o conceito de 'Neutralidade da Rede', tornando ilícita qualquer forma de favorecimento na prestação de serviços de transmissão de pacotes de dados através da internet, a não ser nos casos de necessidade para manutenção da prestação do serviço, ou para priorização de serviços de emergência, devendo, ainda assim, informar ao cliente das razões e do funcionamento do mecanismo. Além disso, fica proibido monitorar, filtrar, analisar ou bloquear tais pacotes de dados.

Como forma de garantir a privacidade e coibir o uso do anonimato na consecução de ilícitos e fraudes, torna-se obrigatória a guarda por determinado tempo dos dados de transmissão de dados pelos provedores de serviços de acesso, devendo ser guardados em sigilo, sendo apenas acessados mediante ordem judicial para tal.

A lei impõe também uma série de obrigações para os próprios órgãos do governo, tendo em vista utilizar a internet em alinhamento com as diretrizes já em voga, como, por exemplo, a adoção preferencial de tecnologias abertas ou livres, a utilização da internet para facilitar o acesso a informações e serviços estatais, e a própria implantação de sistemas de transparência na governança estatal.

Possui, ainda, algumas partes não regulamentadas, portanto, nem tudo entrará em efeito imediatamente, mas ela chega num momento oportuno, dando o passo inicial para que as questões relativas ao acesso à internet sejam tratadas com a devida seriedade, pela sua importância no exercício da cidadania e presença ominosa no dia-a-dia dos brasileiros. Se ela vai surtir o efeito desejado e melhorar de fato a vida do internauta brasileiro, só o tempo dirá.

Fonte: Página do Planalto na Internet: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12965.htm - acessado em 19/08/2014

Resumo dos tipos de Sistemas de Informações

Sistemas de Processamento de Transações

Os Sistemas de Processamento de Transação são sistemas que coletam, armazenam e processam dados decorrentes da atividade direta de determinado setor ou departamento de uma instituição, permitindo à gerência imediata tomar conhecimento do desempenho, das atividades e dos resultados de seus subordinados.

Eles atuam geralmente ligados a setores de vendas, de estoque, de folha de pagamento, entre outros, permitindo um acompanhamento das atividades operacionais de determinada seção na organização, auxiliando a gerência de nível operacional fundamentar suas decisões. Têm um escopo muito limitado, mas, por sua natureza, são atualizados praticamente em tempo real, e são fundamentais, pois alimentam outros sistemas com seus dados.

Sistemas de Informações Gerenciais

De abrangência maior que a dos SPTs, oferece à média gerência ferramentas de acompanhamento da situação da empresa, exibindo de forma concisa e resumida os dados provenientes dos diversos SPTs existentes na organização, permitindo uma visão abrangente do contexto presente.

Geralmente são pré-configurados, oferecendo atualização periódica ou constante dos indicadores predeterminados, de acordo com fatores como a infra-estrutura e necessidades da empresa.

Sistemas de Apoio à Decisão

São sistemas que se aplicam à tomada de decisões não rotineiras, reunindo dados de SPTs, SIGs, e mesmo de fontes externas, oferecendo uma visão contextualizada de uma situação, para que se tome uma decisão para uma situação ou problema atípico, que foge à visão limitada dos SIGs.

Possuem uma interface mais interativa, que permite o dimensionamento e escolha dos dados a serem exibidos, de modo a fornecer as informações mais oportunas possíveis, facilitando a tomada de decisão.

Sistemas de Apoio ao Executivo

Congregam todos os sistemas anteriores, oferecendo à gerência de nível executivo uma poderosa ferramenta para o planejamento estratégico da instituição, exibindo de forma condensada, como em gráficos ou tabelas, informações sobre o desempenho geral da empresa, sua situação fiscal, entre outros dados que se julguem relevantes.

Geralmente são modelados tendo em vista o usuário específico, de modo a oferecer regularmente as informações julgadas mais importantes. Trazem também o acesso a informações externas, como cotações de ações ou preços de insumos, facilitando as decisões com reflexos de médio a longo prazo.

Customer Relationship Management

Sistema que trata de todo e qualquer mecanismo de relacionamento da empresa com os clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. Reúnem bancos de dados sobre os clientes e suas preferências, gerenciam programas de fidelização (gamificação, ofertas, programas de bônus, etc.), e orientam as ações de marketing de um modo geral, tornando-as mais eficazes.

Cuida, ainda, do Suporte Técnico e do Atendimento ao Cliente, mantendo registro dos defeitos mais frequentes, do histórico de assistência técnica dos clientes, e dos produtos mais problemáticos, bem como dos anseios e questionamentos mais frequentes dos clientes, auxiliando na elaboração de novos produtos ou serviços.

Supply Chain Management

Gerenciam a Cadeia de Suprimentos, que trata-se, basicamente, de toda movimentação de produtos ou insumos capaz de agregar valor aos mesmos, ou seja, vai da extração das matérias-primas até a porta da casa do consumidor ou da loja. Pela sua vasta abrangência, geralmente consiste na integração de vários sistemas, como os de controle de estoque, de compras, de despacho de mercadorias, entre outros.

Hoje em dia, são fator crítico para a competitividade de uma empresa, aumentando a eficiência da empresa reduzindo a necessidade de estoques volumosos, e agilizando a aquisição de insumos e entrega dos produtos, seja ao consumidor final ou a outras empresas. Sistemas como o 'Just in Time' só se tornaram possíveis graças a esses sistemas.

Enterprise Resource Planning

Este sistema, na verdade, é a integração de vários Sistemas de Informação em um só sistema, permitindo o acesso mais rápido e contextualizado à informações sobre a situação dos mais diversos departamentos da empresa. Seu funcionamento depende fundamentalmente das técnicas de data mining, devido ao grande volume de dados manipulados, e as tecnologias de redes e armazenamento também são cruciais para a interoperabilidade dos seus sub-sistemas.

A implementação pode ocorrer integrando os sistemas já existentes em uma plataforma centralizadora, ou realizando a troca por sistemas já feitos para a integração. De uma forma ou de outra, para o bom funcionamento do sistema, geralmente são necessárias mudanças culturais e nos processos e métodos de operação, e, por isso, a implantação em uma empresa de médio ou grande porte pode levar meses, ou mesmo anos.

Apesar dos ônus no início de sua operação, trazem uma série de benefícios, principalmente para empresas geograficamente dispersas, com sedes distantes uma da outra. Nesses casos, esse tipo de sistema permite uma uniformidade de operação crucial para a coesão administrativa da empresa.

Fonte: Sistemas de Informações Gerenciais, 9ª Edição - Laudon & Laudon.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Governança Corporativa e de Tecnologia da Informação

"Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade." Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

Desta definição, podemos entender que Governança Corporativa constitui-se, principalmente, do conjunto de normas e preceitos que norteiam a administração de uma organização. Esses preceitos são definidos geralmente conciliando os anseios e objetivos das chamadas 'partes interessadas'.

Princípios da Governança Corporativa

Seus princípios são, segundo o IBGC, os seguintes:
Transparência: compartilhar as informações sobre a gestão, os investimentos e resultados da organização, visando aumentar a confiança das partes interessadas na administração vigente.
Equidade: trato de todos os acionistas, conselheiros e etc. de forma justa, sem privilégios.
Prestação de Contas: os agentes de governança devem assumir as consequências de seus atos.
Responsabilidade Corporativa: os agentes devem zelar pela sustentabilidade e longevidade da organização.

Agentes da Governança

 Os agentes da governança variam de uma organização para outra, de acordo com o tipo de organização de que estamos falando. Poderia ser uma reunião de sócios numa sociedade limitada, ou uma assembléia geral numa organização não governamental, e assim por diante. Além destes, atuam também os diretores, administradores e gestores, entre outros.

Em Resumo... 

A Governança Corporativa é um conceito muito amplo, e deve abranger, numa empresa, detalhes como a composição de um conselho, os mandatos de seus diretores, os critérios para suas escolhas, e modelos de gestão nas diversas áreas, de modo a nortear os administradores nas atividades do dia-a-dia, dando constância, uniformidade e continuidade na gestão da organização.

Exemplos 

Existem diversos códigos de governança documentados, como, por exemplo, o German Corporate Governance Code, da Government Comission, que visa padronizar boas práticas de governança a serem adotadas nos estatutos das empresas de capital aberto alemãs, de modo a obter mais transparência e atrair investidores ao redor do mundo para o mercado alemão.

A empresa Pepsico Inc, por sua vez, desenvolveu seu próprio documento, intitulado Corporate Governance Guidelines, que visam "auxiliar o Conselho e os Comitês no desempenho de suas atribuições". A Starbucks, a Gerdau, o Banco Itau, entre outras empresas conhecidas também adotam algum tipo de política de Governança Corporativa, visando garantir os interesses de longo prazo da organização.

Governanca de TI

 O viés da governança corporativa que nos interessa diretamente é, por motivos óbvios a Governança de TI. Como todas as atividades de uma organização, ela é diretamente afetada pela Governança Corporativa, e, devido à sua abrangência e importância para o desempenho das atividades, merece atenção especial, e, em muitos casos, tem também suas normas documentadas.

O principal objetivo da Governança de TI é alinhar as atividades do setor de TI com as estratégias e objetivos da organização como um todo. É muito fácil confundir Governança de TI com Gestão de TI, porém, são coisas bem distintas. Enquanto a Gestão de TI se preocupa em regular a utilização dos recursos de TI da organização, a Governança se preocupa em determinar quais os objetivos a serem alcançados e premissas a serem seguidas na gestão dos recursos de TI da organização.

Framework
Um dos modelos mais famosos de Governança de TI em voga no mercado hoje é o Cobit(Control Objectives for Information and related Technologies), da ISACA. Esse Framework se proclama um "mapa para a boa governança de TI." Algumas vantagens aferidas por ele são:
- Ferramentas mais eficientes para que a TI ajude a alcançar os objetivos institucionais;
- Informações mais oportunas e confiáveis da TI;
- Gerenciamento mais eficiente dos riscos relacionados ao emprego da TI;
- Entre outros.

Conclusão
Com o grande aumento da importância da Tecnologia da Informação nos negócios, a Governança de TI começa a se tornar uma peça chave nesse contexto, de modo a tornar o emprego da Tecnologia da Informação uma parte integrada aos planejamentos e objetivos da instituição. Cada vez mais empresas necessitam de profissionais capacitados e certificados com os diversos frameworks e modelos de Governança de TI. E esse número tende apenas a aumentar com o passar dos anos.

Fontes:

Site do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (acessado em 11/08/2014);
German Corporate Government Code, Government Comission, 2013;
Pepsico Inc. Corporate Government Guidelines, de 21 de Novembro de 2013;
Site da ISACA (acessado em 11/08/2014);

terça-feira, 24 de junho de 2014

Os Sistemas de Processamento de Transações

Importância dos SPTs:
Um Sistema de Processamento de Transações têm como principal finalidade apoiar as decisões gerenciais no escopo de um determinado tipo de operação dentro de uma organização, e oferecer um panorama da situação presente de um setor ou departamento.


É importante ressaltar que um SPT deve ter um escopo muito bem definido, e ser especializado, de modo que ele tenha acesso às informações de todas as transações que interessam a ele, e seja uma fonte confiável de informação sobre determinado tipo de operação dentro de uma organização.


Além disso, para ser útil no nível gerencial, um SPT necessita de algumas funcionalidades, como, por exemplo, a de gerar relatórios, planilhas, e outras formas de visualização e consolidação destes dados coletados, de modo a, de fato, suportar a tomada de decisões.


Mas, o que é um Sistema de Processamento de Transações?
Um Sistema de Processamento de Transações é um sistema que coleta e armazena dados a respeito das diversas transações realizadas no âmbito de uma organização ou parte dela. Um exemplo destas transações poderia ser creditar o vencimento de um funcionário, encomendar um pedido de um produto, ou mesmo um simples saque de dinheiro em um caixa eletrônico.


Esse tipo de Sistema, em última análise, recebe e processa os dados de processamento de outros sistemas, como por exemplo os sistemas de vendas, de folha de pagamento, de controle de estoque, entre outros, centralizando os registros e oferecendo uma visão mais ampla dos mesmos.


Um SPT eficiente deve estar apto a realizar as transações rapidamente, pois o tempo de resposta nesse tipo de atividade é, geralmente, um fator crítico. Além disso, ele deve possuir uma grande capacidade de armazenamento, e deve ser bastante especializado, devido à iteratividade de seu processamento.


Categorizando os SPTs
De acordo com o tipo de transação que ele monitora, e do âmbito em que trabalha, eles podem ser divididos de diversas formas, porém não há uma classificação bem definida, mesmo porquê eles se prestam a um sem-fim de aplicações nas organizações. Porém, alguns exemplos de tipos de SPTs seriam:
- Gestão Financeira
   Monitora as transações financeiras e o fluxo de caixa dentro de uma organização. Exemplos: GnuCash (Software Livre); Cenize (Proprietário).
- Controle de Estoque
   Condensa os dados de entrada e saída de estoque, monitorando o consumo e a entrada de bens dentro de uma organização. Estes geralmente se auto-denominam como ERPs. Exemplos: OpenPro (Open Source); RadarEstoque (Proprietário).

terça-feira, 10 de junho de 2014

Classificação dos Sistemas de Informação

Quando se fala em qualquer tipo de classificação, é necessário, além de um amplo conhecimento do assunto que abrange os objetos a serem classificados, uma boa dose de bom senso, pois o que define cada categoria tem de ser ajustado para que não haja taxonomias restritivas demais ou excessivamente abrangentes. Do contrário, haverão grupos demais ou de menos. Dito isso, podemos seguir para os Sistemas de Informações propriamente ditos.

De modo geral, toda tentativa de classificação dos diversos tipos de Sistemas de Informação acabam recaindo em uma distinção hierárquica com relação à esfera de interesse do tipo de dado processado naquele tipo de Sistema. Desta forma, eles classificam um SI de acordo com o 'público alvo' do mesmo, separando os sistemas voltados para a administração, para as vendas, para os escritórios, etc.

Assim, podemos separar três níveis fundamentais de toda organização, em relação às capacidades de tomada de decisão e operacionalidade:
. Nível Executivo ou Estratégico - Toma as decisões amplas, como em que investir, planejamentos de longo prazo, etc. Encarregados das Decisões Estratégicas.
. Nível Gerencial - Decisões de menor área de abrangência, como quem contratar, como organizar as seções, etc. Encarregados das Decisões Táticas.
. Nível Operacional - Poucas tomadas de decisão, são a camada que produz, vende, conserta, presta serviços, etc. Encarregados das Decisões Operacionais.

Diversas fontes tentam modelar essa classificação em forma de pirâmide, mas considero essa escolha enganosa no que tange à importância dos sistemas e das informações processadas. Ele reflete talvez o volume de informação final produzido em cada nível, e a quantidade de pessoas que têm acesso a determinados dados, mas gera uma ilusão quanto à relevância de cada Sistema.

Quanto maior o nível 'hierárquico' numa empresa, mais é necessário filtrar os dados e interpretá-los, pois os detalhes já não são interessantes, mas sim suas consequências finais, de modo que os sistemas dos níveis executivos tentam condensar os dados operacionais e gerenciais na forma de gráficos, resumos, e outras formas mais simples, de modo a não sobrecarregar os executivos com dados irrelevantes para eles.

Desta forma podemos classificar alguns tipos de sistemas de processamento nessa taxonomia da seguinte forma:

Nível Operacional:
- Sistemas de Processamento de Transações (TPS);
- Sistemas de Colaborativos;

Nível Gerencial:
- Sistemas de Informação Gerencial (MIS);
- Sistemas de Apoio à Decisão (DSS);

Nível Executivo:
- Sistema de Informação Executiva (EIS);
- Sistema de Planejamento de Recursos Empresariais (ERP) Esse é um caso especial, que poderia estar em diversos níveis, por integrar uma série de recursos distintos;

Como toda classificação, podem haver muitas nuances, que levam algum tipo de Sistema a estar, ora em uma, ora em outra categoria, porém não há muita divergência sobre o fato que um dos fatores determinantes na modelagem e implementação de determinado Sistema de Informação é o nível de tomada de decisão que ele vai apoiar.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Sistemas de Informação na era das Redes

Rede

Uma rede, em informática, é uma estrutura de telecomunicações através da qual dois sistemas computacionais podem trocar dados. Para isso, existem uma série de padrões de infraestrutura e plataformas que permitem essa comunicação de forma mais transparente e eficiente. As redes evoluíram muito nos últimos anos, mas não estamos aqui pra falar sobre isso. Nosso tema hoje são algumas definições voltadas para o ambiente organizacional.

Intranet

Uma Intranet é uma rede ou conjunto de redes subjugadas à uma mesma entidade administrativa. Em outras palavras, é quando um conjunto de redes ou uma rede simples são interconectadas e regidas pelas mesmas regras, e possuem roteadores e endereçamento IP interrelacionados. São geralmente usadas no âmbito de organizações, empresas, e órgãos governamentais, permitindo fácil acesso a recursos compartilhados com segurança e rapidez.

Não é impositivo que haja um servidor web numa Intranet, mas é uma prática comum, pois permite algumas facilidades, principalmente na comunicação com os usuários. Outros recursos, como servidores de arquivos, bancos de dados organizacionais, e outros, são exemplos de recursos que podem ser disponibilizados através de uma intranet, e muitos outros podem ser implementados, de acordo com os recursos e as necessidades da organização.

Uma rede local doméstica também pode ser chamada de Intranet, desde que seja controlada por um roteador, mas o termo é mais utilizado para definir a versão 'crescida' das redes. É importante ressaltar, também, que não é necessário uma conexão física cabeada, para caracterizar uma intranet. Um link de wi-fi pode interligar os elementos da rede, desde que satisfaça às outras características que a definem.

Internet

A Internet, como a conhecemos hoje, é uma gigantesca estrutura de telecomunicações que interliga milhões de dispositivos, abrangendo redes domésticas, redes empresariais, governamentais, acadêmicas, entre outras, conectados por infraestruturas eletrônicas, sem-fio, e ópticas, e qualquer outra que se adapte ao padrão IP, que é o protocolo de endereçamento que permite que todos eles se comuniquem e que a informação chegue exatamente aonde ela está endereçada.

O Internet Protocol é um protocolo, como o nome diz, que regulamenta como nos referimos à redes, sub-redes, máquinas, e como contactamos gateways, roteadores, e outros equipamentos que compõem essa rede. Hoje difundido no mundo todo, é até difícil pensar na Internet sem endereços IP, por mais que eles não nos sejam transparentes, sendo geralmente convertidos em endereços mais 'legíveis' para os usuários, através dos Servidores de Nome de Domínio, ou DNS, que fazem a 'tradução' dessa referenciação para os endereços IP, permitindo que acessemos as páginas e computadores sem termos que decorar longas sequências de números.

Muitos outros Protocolos de troca de dados, de mensagens, transmissão de arquivos, e muitos outros, foram implementados sobre o IP, de modo que funcionassem juntos, permitindo diversos tipos de serviços através da internet, como trocas de arquivos, telecomunicações por chat, áudio e vídeo, e até mesmo abrir páginas como essa que ora lemos num computador.

Aplicações Móveis

Uma 'aplicação móvel' não é absolutamente nada além do que seu nome faz parecer: uma Aplicação que é executada num dispositivo Móvel. Geralmente, essas aplicações são disponibilizadas através de plataformas de distribuição, geralmente relacionadas ao fabricante do aparelho ou de seu sistema operacional, e podem ser baixadas gratuitamente ou mediante taxas pagas pelo usuário para carregá-la em suas máquinas.

Inicialmente mais voltadas para produtividade, hoje em dia as Aplicações Móveis abarcam desde games à navegadores e terminais de acesso remoto. No início, o mercado era voltado para os executivos e empresários, que conseguiam adquirir aparelhos móveis com grande poder computacional, e se desenvolviam principalmente suites de escritório, agenda, e-mail, etc. Porém, com a recente popularização e barateamento das tecnologias portáteis, hoje um dos principais públicos alvo são os jovens, e o mercado de desenvolvimento se adaptou a isso. Porém, no âmbito de nosso curso, vamos continuar trabalhando com software voltado para produção, e para o ambiente organizacional.

Algumas peculiaridades do desenvolvimento das aplicações móveis são o tamanho da tela e as interfaces. A grande variedade de tamanhos e resoluções de tela faz com que surjam uma série de preocupações, e torna os testes muito extensos e trabalhosos, devendo-se utilizar emuladores para testar diversas condições de execução. Os mesmos cuidados se aplicam aos métodos de entrada, que variam muito, como teclados físicos, virtuais, giroscópios, câmeras, etc. Com isso, a interatividade tem que ser pensada de modo a aproveitar os recursos do equipamento, porém, se possível, sem torná-lo inviável para outras plataformas.

Com o advento das redes móveis sem fio, principalemente a Wi-Fi e as tecnologias de alta velocidade via telefonia (3G e 4G), as Aplicações Móveis são cada vez mais voltadas também para conectividade, com clientes de mensagem, redes sociais, e mesmo sistemas de gerenciamento e de acesso à bancos de dados remotos. Isso permite que um funcionário, de qualquer lugar, possa atualizar os bancos de dados da empresa ou entrar em contato com um cliente ou fornecedor rapidamente.

 
Telecomunicações, Redes, Sistemas de Informação
Depois de falar tanto sobre redes de vários tipos, vamos voltar ao nosso assunto do Blog: Sistemas de Informação. Quando uma empresa utiliza uma rede sem fio para disponibilizar seu software de controle de estoque através de palmtops para seus funcionários do setor, ela está integrando seus Sistemas de Informação através de redes, por exemplo. Quando o administrador do banco de dados utiliza uma conexão remota via VPN para corrigir uma inconsistência no banco de dados ou para realizar um backup, também.

Existem inúmeras formas de se utilizar um Sistema de Informação através das redes, e as duas juntas dão às empresas uma grande capacidade de disponibilidade e atualização dos Sistemas em tempo real, tornando os muito mais oportunos, e, consequentemente, eficientes. Mas, como tudo na vida, isso não vem sem alguns 'custos'.

Os principais são a consistência e a segurança. Como ele é acessado o tempo todo por muitos usuários, a coordenação de quem acessa o que, e quem tem privilégios para acessar ou modificar que dados, se tornam pontos críticos na hora de optar por essa integração e de desenvolver e utilizar tais plataformas. Cada organização precisa estudar a viabilidade, o custo, os benefícios e os riscos inerentes à mudança antes de optar por uma migração. Não há Sistemas de Informação ou Sistemas Computacionais bons ou ruins, há o uso que fazemos deles.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Armazém de Dados

Too Much Information
Um problema comum em muitas empresas hoje em dia é a quantidade de dados que se acumulam todos os dias em seus diversos setores e divisões, o que dificulta muito a filtragem dos mesmos e sua exposição de modo a apoiar as tomadas de decisão a nível estratégico e gerencial. Para isso, muitas plataformas e aplicações têm sido desenvolvidas, e hoje vamos falar de uma delas: o Armazém de Dados.

Data Warehouse
Os Armazéns de Dados, também conhecidos como Data Warehouses, são grandes coleções de dados, oriundos de diversas fontes, relacionados e estruturados de forma a permitir pesquisas e manipulação de dados relevantes de forma rápida e centralizada, obtendo relatórios, gráficos e tabelas consolidados, para permitir melhor análise dos dados possuídos.

Como funcionam?
Há duas vertentes principais de funcionamento de Armazéns de Dados:

Extract - Transform - Load
Esse modelo opera extraindo os dados de seus diversos bancos afiliados e fontes externas e carregando em 'Staging Databases', e são concatenados na chamada camada de integração, para depois serem postos no Armazém propriamente dito, onde são agrupados e podem ser acessados para obter as informações necessárias.

Fontes de Dados Integradas
Os Armazéns que se utilizam deste paradigma integram seus sistemas e bancos de dados diretamente ao Armazém, não havendo transformação alguma nos dados para integração, nem nada parecido. Os sistemas são apenas indexados e consolidados nos bancos de dados do Armazém de Dados.

Armazéns no Mercado
Algumas das principais empresas do mercado nessa área oferecem soluções de Data Warehousing, como por exemplo:
- Oracle Exadata: Solução da empresa Oracle,composta do software já integrado com hardware para funcionamento do Banco de Dados;

Outras empresas oferecem plataformas de operação de Armazéns de Dados, cada uma com seu público alvo, e suas peculiaridades. A oferta é grande.

Armazenando...
Com todas as facilidades trazidas pelos Data Warehouses, eles irão cada vez mais fazer parte das organizações que trabalham com qualquer tipo de sistema de informação e que necessite de informações para tomadas de decisão. Por isso, são uma ferramenta intimamente ligada à nossa profissão, e que devemos aprender a utilizar.